[:pb]Uma das maiores lembranças nos meus quase dez anos de atuação no mercado de Relações Públicas/Assessoria de Imprensa foi uma conversa sincera com um dos clientes que eu mais admiro profissionalmente. Relembrando o processo de seleção para decidir quem ocuparia a vaga de Executivo de Atendimento, no qual eu fui selecionada na época, ele me disse “o processo estava cercado de bons profissionais, alguns até com mais experiência, mas você ganhou minha confiança quando disse que o RELACIONAMENTO é a chave do trabalho de PR”.
Parando para refletir, especialmente com as mudanças que a “imprensa” tem enfrentado nos últimos anos, percebo que o relacionamento é – a cada dia – uma das ferramentas mais importantes neste processo. Com a saúde financeira dos veículos cada vez mais complicada, espaços espontâneos se tornam raros e ter um bom relacionamento pode pesar nos resultados. E, no meio desse cenário, surge mais um público essencial para esse relacionamento: os influenciadores digitais, que pedem uma maneira diferente de contato.
Representando o que há de mais próximo ao comportamento do consumidor, os influenciadores digitais ganham a cada dia mais relevância. Segundo dados do Sprout Social, 74% dos consumidores dependem das redes sociais para decidir sobre uma compra. Para atingir este público, além de conteúdos e produtos de qualidade é preciso saber como se relacionar com eles. E, aqui, não estamos falando mais de empresas de comunicação, mas de pessoas. Saber especificidades como nome dos filhos, programas que gostam, tipo de pele, manequim e até mesmo hobbys e um pouco sobre a vida amorosa. Cada detalhe e amenidade interfere na forma como o influenciador prefere e deve ser abordado.
Neste momento cabe colocar alguns limites, para os dois lados. Trabalhando com influenciadores digitais há pouco mais de um ano, já passei por algumas situações inusitadas. Desabafos sobre separações, problemas financeiros e outros até um pouco mais graves. Tentar ajudar sempre é possível, somos humanos, mas é importante lembrar que nesta relação – do nosso lado – existem marcas atreladas a qualquer decisão. Então, cada caso deve ser estudado e cuidado com atenção para não extrapolar limites e colocar todo o trabalho em jogo.
Por isso, para um bom histórico de relacionamento é importante começar com a seleção correta dos influenciadores. Com base nisso é possível construir uma relação estável, que trará bons frutos, contribuindo com a construção e fortalecimento de marcas e, porque não, relacionamentos.
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