[:pb]Vida profissional, pessoal e o diálogo [:]

[:pb]A frase “A maioria das pessoas não escutam com a intenção de compreender; elas escutam com a intenção de responder” nunca fez tanto sentido. Acredito que não tenha ninguém que desconheça o que eu quero dizer com isso, principalmente no ano da “desconstrução” e da polarização política. Ano em que eu, você e seu colega aí do lado, estamos sendo inundados com publicações no Facebook sobre os mais variados assuntos, nos quais todos expõem suas versões de verdades universais.

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Você deve estar se perguntando: mas por que escrever sobre isso em um blog de relações públicas? Bom, a comunicação, hoje, é uma conversa de duas vias, e as Relações Públicas precisam reivindicar o seu legítimo papel na iniciação e interpretação do que é o diálogo.

Nosso país não é estranho à corrupção, ao preconceito, ao machismo e a desigualdade. E, apesar de nossos contínuos protestos, publicações revoltadas e luta por leis mais rígidas, às vezes podemos sentir como se estivéssemos lutando uma batalha perdida. Este esforço cobra um pedágio: a revolta.

E a revolta, em todas as suas manifestações, pode causar extrema ansiedade, sentimento de impotência e desconfiança, que nos impede de dialogar.

Como profissionais de comunicação e relações públicas, atendemos clientes que são membros da sociedade multicultural em que vivemos e trabalhamos. É esperado de nós como profissionais aprender sobre cada um deles, compreender e respeitar as suas necessidades, permanecermos abertos para as suas perspectivas e sentimentos, e entregar valor e resultados, tudo pautado na ética e no diálogo. Da mesma forma com que fazemos isso nas nossas vidas profissionais, precisamos ser capazes de reconhecer-nos, e trabalhar para manter uma ética de trabalho e de vida inclusiva e humana.

No ambiente corporativo, mais do que montar uma equipe competente, as empresas devem prezar por um time que dialoga: e uma comunicação transparente faz a diferença nesse processo.

E no fim das contas, se fala tanto em como a nossa vida pessoal pode contribuir para a vida profissional e se esquece que a recíproca é verdadeira. Então, gostaria de propor um desafio, que sejamos nós, os percursores dessa era do diálogo, não só no trabalho, mas nas nossas redes sociais também. Que a gente traga a nossa capacidade de gerar valor e uma diferente perspectiva de relações públicas não só para as organizações a que atendemos, mas para a sociedade.

E você, quer trazer mais valor a esta mensagem? Deixe seu comentário.

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