Há vinte anos, dizer que reputação é item importante no composto do ativo intangível soava quase como ingenuidade. Afinal, segundo o estudo que analisa a composição histórica dos ativos intangíveis, elaborado pela consultoria Ocean Tomo, mostra que os intangíveis ganham importância crescente ano-a-ano. Atualmente, quase 90% do valor de uma empresa é dada pelos tão complexos ativos intangíveis, como demonstra o quadro abaixo.
Ou seja, não são “as coisas”, como instalações e equipamentos, que dão valor às empresas. As “não coisas”, ou seja, o capital intelectual com marcas, patentes e pesquisa e desenvolvimento; a gestão de pessoas e a reputação que, de certa forma, soma todos os demais intangíveis, valem muito mais.
De certa forma, quando analisamos o estudo CEO Outlook Brasil 2016, produzido pela consultoria KPMG , percebemos que os empresários brasileiros estão bastante preocupados com a reputação. Quando questionados sobre os principais desafios e riscos que devem enfrentar, a questão reputacional aparece em quarto lugar, sendo precedida por dois fatores que menos dependem de uma ação direta da empresa: riscos cibernéticos e regulatórios.
Importante aqui esclarecer o que é, de fato, um risco reputacional. No geral, este é visto como uma risco à imagem da organização. De certa forma, quem pensa assim, pensa correto. Em termos!
O que é a imagem da empresa se não a soma de muitos componentes. A começar pela entrega de produtos e serviços. A empresa atende às expectativas de seus clientes e consumidores? A promessa é clara e a expectativa dos clientes é a mesma da empresa? Como a empresa se relaciona com seus empregados? Há a promoção de engajamento? A empresa mapeia, com seriedade, seus riscos técnicos e operacionais, avaliando como estes podem impactar a reputação?
Ou seja, reputação é coisa bastante séria e complexa. Mas nada que não seja entendido numa boa conversa e implantado com estratégia e persistência.