Trabalho in house em uma grande indústria, com unidades em várias regiões do país, o que significa que há equipes de comunicação em cada localidade que se reportam à área de Comunicação Corporativa, estabelecida na sede da companhia. Nesse contexto, é fácil que as estratégias e direcionamentos estabelecidos como corporativos – ou seja, a linguagem que é comum, porque diz respeito ao DNA da empresa, às missões e valores que são inerentes ao negócio independentemente do CEP – se percam nas particularidades de cada unidade, nas urgências do dia a dia, nas expectativas às vezes desencontradas. E, para quem está na sede, nem sempre é simples compreender a vida de quem lida com um “micro cenário”, em que os desafios se multiplicam em questões mais minuciosas e o mínimo toma proporções bem maiores.
Por isso, fiquei realmente encantada quando tivemos o primeiro workshop do ano, no fim de janeiro, em que toda a equipe de comunicação da companhia – inclusive os colaboradores de empresas parceiras, o que achei sensacional – teve a oportunidade de mergulhar em dois dias de trocas de experiências, de ideias mirabolantes, de novos conceitos, de caminhos traçados… Mas, mais do que isso: de abraços trocados entre aqueles que, muitas vezes, só se falam por telefone, e-mails e videoconferências, de risadas afetuosas, de almoços em longas mesas emendadas para caber todo mundo.
Foi a oportunidade de ouvir e responder sem o delay da tecnologia e os ruídos na comunicação que a distância que pode causar. Um tempo totalmente dedicado ao pensar, debater, vislumbrar. Foram formadas equipes com integrantes de várias unidades, focados em estabelecer metas e objetivos comuns, que serão alcançados com o esforço conjunto. Para mim, o mais bacana foi reforçar o senso de identidade. Os nomes das empresas/unidades do grupo podem ser diferentes, os sotaques podem ser os mais diversos, mas o roteiro deste ano será escrito a várias mãos, todas em sintonia.
Entendo hoje como esse tipo de encontro é fundamental para que a equipe realmente esteja coesa, ciente das expectativas, dos obstáculos, das possibilidades. Todos voltaram para suas cidades de origem com um discurso alinhado, um norte a ser seguido e com deveres de casa a serem feitos.