Não sei você, mas acredito que nunca falamos tanto sobre diversidade e inclusão, pelo menos na “bolha” em que vivo.
Pessoalmente, estou muito feliz por ter atuado este ano pela implementação do #EncontroLVBA para discutir temas de diversidade e inclusão na agência em que trabalho. Este passo inicial, mas fundamental, me faz querer continuar aprendendo cada vez mais. Assimilei muita coisa e aproveito para compartilhar. Acompanhe a leitura!
Respeitar as diferenças sempre foi essencial quando o assunto é inclusão e diversidade
E para além do ambiente de trabalho, cada pessoa pode e deve ler, ouvir e se colocar no lugar de quem é considerado diferente. Contudo, negar e evitar o assunto não é mais opção.
Vivemos em sociedade. Quem não sabe conviver com o “diferente” deve mudar sua postura
Ainda mais em espaços públicos. Inclusive, o próprio nome do espaço já diz que é para todo mundo. Uma pessoa com crenças, religião, identidade de gênero, orientação sexual, cultura e valores diferentes incomoda? Nesse caso, quem precisa se adequar não é quem incomoda.
Marcas precisam ter propósitos!
Mais do que nunca é necessário que marcas tenham um propósito claro, que suas ações sejam condizentes, visem um legado e sejam úteis para uma causa.
Desse modo, aproveitar assuntos em alta para apoiar a causa com posts nas mídias sociais, ignorando que a própria empresa não possui negros ocupando cargos de liderança e apresenta disparidade de salários entre executivos brancos e negros em cargos semelhantes, é tiro no pé. Assim, é melhor mudar os valores internos da empresa do que fingir apoio a uma causa.
Nesse sentido, vale lembrar: os valores que temos e a nossa realidade de vida são nossas. Não representam o todo, nem são verdades absolutas.
Como criar conteúdos adequados à inclusão e diversidade?
Agora que compartilhei alguns aprendizados pessoais que servem para qualquer um dos pilares sobre diversidade e inclusão, seguem dicas de conteúdos que me ajudaram nesse começo de caminhada.
Seja antirracista
- Comece lendo esse manual de palavras racistas e as elimine do seu vocabulário AGORA!
- É sucesso de vendas, merecido. Pequeno Manual Antirracista da Djamila Ribeiro.
- Esse filme maravilhoso faz pensar MUITO sobre negritude e mais: “Emicida: Amarelo É tudo para ontem”.
Linguagem inclusiva e neutra
Em dúvida se deve usar X, @ ou E? Primeiramente, use o bom senso. Todavia, não adianta embarcar “na onda” se sua empresa não é inclusiva internamente e seu público nem acordou para esse tema.
Quer apoiar essa causa? Em vez de alterar as letras finais das palavras, é possível tornar a sentença neutra. Mas, se optar pela linguagem inclusiva, use o E, pois é mais acessível para deficientes visuais.
Dessa forma, para entender melhor, confira o Manual Prático de Linguagem Inclusiva, criado pelo André Fisher.
- Sobre vícios:
Vício é doença, não frescura. A Parte 1 do episódio especial de Euphoria me fez pensar muito em como vemos e tratamos viciados em nossa sociedade. Você não precisa necessariamente ter assistido a primeira temporada para procurar o episódio completo desta obra prima (dica, tem na HBO GO).
Por fim, uma constatação que me doeu muito aceitar: nascemos e crescemos sim em uma sociedade que discrimina o que foge ao padrão estabelecido como aceitável ou correto. Então, ainda que não racional e intencionalmente, discriminamos o diferente com base em nossos valores e crenças.
Contudo, o importante é reconhecer isso, aprender e evoluir. E, acima de tudo, esquecer em 2020 aquela famosa estrutura de sentença usada normalmente para tentar escapar de polêmicas dentro de qualquer tema de Diversidade e Inclusão: “Homofóbico, eu? Imagina, não sou homofóbico. Tenho até amigos que são gays”. Quem diz esse tipo de frase só confirma a acusação. Em vez de tentar se defender, peça desculpas imediatamente e procure, realmente, entender o que gerou o mal estar.
Considere o diferente, assimile, mude. Respeite e inclua. Em outras palavras, construa pontes em vez de muros.
Ótimo 2021 para nós!