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“… é o momento de a empresa vir a público e admitir, de modo transparente perante toda a sociedade brasileira, seus erros e reparar os danos causados ao país e à própria reputação da empresa. (…) Entretanto, um pedido de desculpas, por si só, não basta: é preciso aprender com os erros praticados e, principalmente, atuar firmemente para que não voltem a ocorrer” (trechos do Informe Publicitário assinado pela Andrade Gutierrez dia 09 de maio de 2016).
E assim, uma empresa brasileira, com 67 anos de atuação, se posiciona diante da maior crise que afetou seriamente sua operação e, mais ainda, sua reputação e a reputação de seus acionistas.
Corajoso. Sem sombra de dúvida. Principalmente porque este mesmo material apresenta ainda oito tópicos intitulados “Propostas para um Brasil Maior”, pedindo que o setor de infraestrutura de junte num movimento “a fim de trazer mais transparência e eficiência para todo o mercado”.
Tinha como fazer diferente? Certamente, sim! Manter uma banca de advogados para continuar uma briga na justiça, encolher a operação, se desfazer de ativos e deixar a empresa ir minguando seria uma alternativa. Ao que tudo indica, a Andrade Gutierrez está olhando para o longo prazo. Quer continuar a crescer, gerar milhares de empregos, gerar riquezas para o país e também para seus acionistas. Para isso, ela deve zelar pela sua reputação.
E o que é zelar pela reputação se não buscar voltar a uma imagem positiva junto aos seus stakeholders? Adotar, internamente, as melhores e verdadeiras práticas de compliance e, externamente, deixar que esta nova marca transmita transparência e seriedade. E como fazer isso, somente com as melhores práticas de comunicação.
Andrade Gutierrez, parabéns! Hoje você nos deu uma grande aula de gestão da reputação. E eu, como brasileira, profissional de comunicação corporativa e membro da “opinião pública”, vou torcer muito para que seu manifesto seja ouvido, seguido e copiado.
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